quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Preocupada demais

ansiosa demais, ciumenta demais, sonhadora, egoísta, consumista e persistente demais. Romântica ao extremo, carinhosa por vontade própria, carente por necessidade, fico doente atoa. Tremo, transpiro, transbordo em afeto. Sorrio, choro e sofro por amor. Eu tenho e destenho amor todos os dias. Troco, moldo e mudo constantemente meu humor ao longo das horas e não me importo de escorrer algumas lágrimas antes de chamar o hoje de ontem.
Derreto por ler uma palavra de amor, e direto vou ao inferno por uma palavra de dor. Tudo em fração de segundos, como vento forte em rosa murcha.
Me machuco porque quero, e não quero ser assim, mas sou. Tenho que me adaptar a quem não sai de mim nem por efeito de feitiçaria. Mas como é difícil.. Mais ainda é ficar sem ela, é insuportável.
Corro sem saber ao certo onde, como e quando vou parar. Coisa que também não me importa saber, quero mais é que meus pés se cansem e eu o sinta formigar, será a prova de que estou viva e avante. De uma forma errante, mas confiante que de um dia chegarei, olhando nos olhos de quem me quer bem.

sábado, 9 de outubro de 2010

Fear.

Um pesadelo acompanhado com o medo. O incerto batendo à porta, a revolta dos pensamentos. Eu não queria, mas me preocupava cada vez mais, eu não estava acostumada mas tive que propor hipóteses. Eu tentei dormir e meus músculos se puseram a protestar e a noite foi muito mais que mal dormida. O amor quando se tem aos montes, pesa tanto quanto uma cruz presa as costas, e a minha cruz era também o meu alívio, a minha paz. Ou talvez pode ser comparado a um vício, a droga que me mantém de pé. E perde-la, me traria abstinência, logo, não seria capaz de prosseguir.
Não entendo a capacidade de algumas pessoas, onde o propósito é somente fazer o mal a quem nada fez. E era isso que machucava ainda mais, saber que minha felicidade, que a nossa felicidade, poderia ser interrompida. Não, eu não permitirei!
E ao acordar, mandei uma mensagem, daquelas carinhosas que eu costumo mandar sempre. E a resposta mais afetuosa ainda, me acalentou e fez uma pequena calmaria se instalar dentro de mim. Mas meus músculos ainda doem.
" Quem me dera ao menos uma vez, como a mais bela tribo dos mais belos índios, não ser atacado por ser inocente. "

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Pedra Fundamental.

Pensei que tinha te visto na "Battleship", mas era só uma sósia . Ela era só uma ilusão de ótica sob a luz de aviso. Ela estava perto, perto o suficiente pra ser seu fantasma, mas as minhas chances se foram quando perguntei se podia chamá-la pelo seu nome. Pensei que tinha te visto no "Rusty Hook", aconchegada na cadeira de vime. Eu perambulei procurando por uma vista mais perto e beijei quem quer que estivesse sentada ali, ela estava perto, e me pegou firme até que eu perguntei terrivelmente educadamente: "Por favor, posso te chamar pelo nome dela?"
E eu prolonguei minha carona pra casa. Sim, eu deixei ele ir pelo caminho mais longo. Senti seu perfume no cinto de segurança e mantive os meus atalhos para mim mesmo.
Pensei que tinha te visto no "Parrot's Beak" mexendo no alarme de incêndio, estava alto demais pra eu ouvi-la falar. E ela tinha um braço quebrado. Estava perto,tão perto que as paredes estavam molhadas, e ela escreveu em letraset:"Não, você não pode me chamar pelo nome dela".
Me diga onde é o seu esconderijo, estou preocupado que vou esquecer seu rosto. E eu perguntei pra todo mundo. Estou começando a achar que te imaginei o tempo todo.
Eu vi sua irmã no "Cornerstone" no telefone com o homem do meio, quando vi que ela estava sozinha, pensei que ela poderia entender. Ela estava perto, bom, não dava pra chegar mais perto. Ela disse: "Eu realmente não deveria, mas, sim... Você pode me chamar do que você quiser"




Cornestone - Arctic Monkeys